Banho em pets: veterinária explica sobre frequência ideal e impactos na saúde dos animais
23/10/2025
(Foto: Reprodução) Banho em pets: quando é demais e quando é pouco, veterinária orienta
Dar banho nos animais domésticos vai além da estética: a higiene correta é fundamental para manter a saúde do pet. Mas especialistas alertam que o excesso de banho também pode ser prejudicial.
O g1 conversou com a veterinária Yasmin Harumi Correa, de Itapetininga (SP), que explicou que a frequência ideal depende do estilo de vida e do ambiente em que o animal vive. “Tudo em excesso pode fazer mal. Manter a higiene em dia ajuda a prevenir a proliferação de bactérias e fungos”, afirmou.
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Segundo Yasmin, cachorros costumam precisar de banhos mais regulares, enquanto gatos podem passar mais tempo sem, já que fazem sua própria limpeza. A profissional alerta que a falta de higiene adequada, especialmente em animais de pelos longos, pode causar feridas bacterianas ou fúngicas sob os nós, prejudicando a saúde.
Para minimizar riscos, a veterinária recomenda que os tutores escovem os pelos dos pets regularmente. “A escovação ajuda a evitar nós e facilita a circulação de ar na pele, prevenindo problemas de saúde”, disse.
Além dos cuidados com a higiene, alguns pet-shops têm investido em tecnologias para tornar a experiência do banho mais segura. Em Itapetininga, um casal de empreendedores trouxe uma máquina de secagem que atua rapidamente e controla a temperatura, garantindo conforto e segurança para os animais e clientes.
Uma veterinária explicou que a falta de banho pode causar problemas na saúde de um animal, mas o excesso também pode enfraquecer a imunidade da pele do pet
Arquivo pessoal/Yasmin Harumi Corrêa
O indicado pela veterinária é manter o equilíbrio na frequência dos banhos, observando a rotina do pet. “Muitos banhos também podem danificar a imunidade da pele. Tudo em excesso pode fazer mal”, orientou.
Em dias quentes, os banhos ajudam a garantir a saúde do animal, mas os tutores podem ficar tranquilos: cães regulam a temperatura corporal pela respiração. “Por isso vemos os cães mais ofegantes no calor. Para refrescar, recomendamos hidratação com água fresca, ambiente arejado e sombra”, explicou.
Na hora do banho, é importante cuidar dos olhos e ouvidos, evitando o contato com sabão. Os pelos devem ser bem secos para impedir a proliferação de fungos e bactérias. A escovação regular ajuda a evitar a formação de nós, enquanto a tosa higiênica previne acúmulo de sujeira em áreas como partes íntimas.
Ao escolher um pet-shop para banho e tosa, Yasmin reforça que o local deve ser de confiança e utilizar produtos de qualidade, garantindo o bem-estar dos animais. Para filhotes, a recomendação é frequentar esses espaços somente após completar o protocolo vacinal e a vermifugação. “Assim, eles têm imunidade suficiente para entrar em contato com outros pets”, disse a veterinária.
🐶🐾 Máquina secadora
Os empresários Joyce Vasconcelos, de 24 anos, e Henrique Vasconcelos, de 27, investiram na compra de uma máquina secadora para o pet-shop da família em Itapetininga. Segundo o casal, o objetivo é trazer segurança e conforto tanto para os animais quanto para os clientes.
“Todo dia acontece isso, ter carinho com os animais. É muito gostoso. Os cachorros acabam criando um laço com os funcionários ao longo do tempo. O animal sente esse carinho”, contou Joyce ao g1.
Henrique explicou que alguns animais não gostam de sopradores ou secadores convencionais. A máquina, que seca rapidamente, tem controle de temperatura e não emite ruídos, tornando o banho mais confortável. Em uma das cabines, podem ser colocados até dois cães de porte grande.
“Tem cachorros de pelo curto, e outros que não gostam do soprador. A máquina funciona como uma secadora: passamos a toalha primeiro para retirar a umidade e depois usamos a máquina. A falta de ruído evita estresse nos animais”, disse o empreendedor.
O casal atua no ramo de cuidados com pets há cinco anos, motivado pelo amor aos animais e pelo desejo de montar uma loja própria. Além de banho e tosa, eles vendem rações, petiscos, brinquedos, acessórios e outros produtos para animais.
“Fazemos o que gostamos. Escolhemos viver disso. Garantimos os cuidados básicos, estamos sempre nos atualizando sobre produtos e entregamos aquilo que foi combinado”, disse Henrique.
Ao receber um novo animal para banho e tosa, a equipe sempre faz perguntas aos tutores sobre histórico de doenças, parasitas ou áreas sensíveis. “Tem tutores que não avisam se o pet está doente. Nós ligamos quando percebemos algo, garantindo segurança para os outros animais”, explicou.
Henrique citou que raças como Shih Tzu e Golden Retriever são mais frequentes no banho e tosa, e que cães de pelos longos exigem mais manutenção, hidratação, escovação e tosas regulares.
Para os tutores que optam pelo banho em casa, o casal reforça a importância de secar bem os pelos. “Áreas úmidas podem causar proliferação de fungos e outras bactérias”, alertou.
Veterinária de Itapetininga traz orientações sobre os cuidados necessários com os animais ao dar banho.
Arquivo pessoal/Yasmin Harumi Correa
Segundo petshop, animais de pelos longos são os clientes mais frequentes devido a necessidade de manutenção
Arquivo pessoal/Yasmin Harumi Correa
*Colaborou sob a supervisão de Carla Monteiro
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