Dólar abre em queda após decisões de juros e à espera de novos dados econômicos; Ibovespa recua

  • 11/12/2025
(Foto: Reprodução)
Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair O dólar iniciou a sessão desta quinta-feira (11) em queda, recuando 0,72% por volta das 10h17, aos R$ 5,4293. Já o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, caía 0,17%, a 158.807 mil pontos. Os investidores iniciam esta quinta-feira atentos aos desdobramentos das decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos, enquanto novos dados econômicos entram no radar. Além disso, o cenário político segue influenciando o humor do mercado. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça ▶️ No Brasil, o Copom manteve a Selic em 15% ao ano, sem sinalizar claramente quando começará o ciclo de cortes. Apesar do tom conservador, revisões indicam que a inflação pode atingir o centro da meta já na primeira reunião de 2026. ▶️ Nos EUA, o Fed reduziu os juros em 0,25 ponto percentual, para a faixa de 3,5% a 3,75%, mas também evitou indicar próximos passos. Powell falou em “pausa”, sem descartar novo corte em janeiro. ▶️ Hoje, os investidores aguardam dados como pedidos de auxílio-desemprego, estoques no atacado e balança comercial, que deve registrar déficit de US$ 63,3 bilhões. ▶️ No campo político, a corrida eleitoral de 2026 continua no radar. A possível redução da pena do ex-presidente Jair Bolsonaro, aprovada na Câmara, reacende especulações sobre impacto nas eleições e influencia as expectativas do mercado para as contas públicas. Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado: 💲Dólar a Acumulado da semana: +0,66%; Acumulado do mês: +2,50%; Acumulado do ano: -11,51%. 📈Ibovespa C Acumulado da semana: +1,08%; Acumulado do mês: 0,00%; Acumulado do ano: +32,25%. Inflação em novembro Após perder força em outubro, a inflação oficial do Brasil, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), teve alta leve em novembro, ficando em 0,18%, segundo o IBGE. No acumulado de 2024, a inflação chegou a 3,92%, enquanto a taxa dos últimos 12 meses desacelerou para 4,46%, abaixo dos 4,68% do período anterior. Em novembro do ano passado, o índice havia sido de 0,39%. O resultado ficou levemente abaixo do esperado pelo mercado, que projetava alta de 0,20% no mês e inflação de 4,5% em 12 meses. Ainda assim, o indicador permanece dentro do intervalo de tolerância do Banco Central — cuja meta é 3%, com teto de 4,5%. Para Mariana Rodrigues, economista da SulAmérica Investimentos, o resultado reforça o processo de desinflação gradual. Ela avalia que o índice veio alinhado às expectativas, com destaque positivo para o comportamento dos serviços. "A queda nos preços de bens industriais refletiu os descontos da Black Friday, enquanto a alimentação no domicílio manteve trajetória deflacionária e não sofreu as pressões sazonais típicas do fim do ano." Essa combinação, na avaliação da especialista, contribui para manter a inflação abaixo da meta. Ela acrescentou que, do ponto de vista da política monetária, o dado não altera o cenário e a projeção da casa segue apontando cortes de juros só a partir de março. Lucas Barbosa, economista da AZ Quest, também classificou o IPCA como um número positivo, embora tenha ficado ligeiramente acima de sua projeção. "A composição veio melhor do que o esperado, sobretudo no setor de serviços, que subiu 0,60%, abaixo dos 0,63% projetados." Barbosa ressaltou que o núcleo de serviços desacelerou e, na média móvel trimestral dessazonalizada, recuou de 4,29% para 3,94% ao ano, sinalizando perda de fôlego consistente. O economista destacou ainda a surpresa baixista na alimentação no domicílio. A deflação de 0,20% veio bem abaixo da expectativa da casa, reforçando a perda de pressão dos alimentos ao longo do ano. Na variação acumulada em 12 meses, o grupo passou de 4,53% para 2,46%, enquanto na média móvel trimestral dessazonalizada registra agora deflação anualizada. Decisões de juros O Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, reduziu as taxas de juros do país em 0,25 ponto percentual, para a faixa de 3,50% a 3,75% ao ano — menor nível desde setembro de 2022. A decisão, anunciada nesta quarta-feira (10), veio em linha com a expectativa do mercado financeiro. Esse foi o terceiro corte seguido nos juros americanos — e também o terceiro em 2025. Na reunião anterior, em 29 de outubro, o Fed reduziu a taxa na mesma proporção, para a banda de 3,75% a 4% ao ano. Além da decisão, o Fed divulgou suas projeções para 2026, apontando apenas um corte nas taxas. A informação frustrou agentes do mercado financeiro, que esperavam sinalização de pelo menos duas reduções ao longo do próximo ano. Como previsto por analistas, a votação desta quarta-feira não foi unânime. Dos 12 membros votantes do Fomc, nove votaram pelo corte de 0,25 ponto percentual, incluindo o presidente do Fed, Jerome Powell. O diretor Stephen Miran, nomeado por Trump em setembro, defendeu um corte maior, de 0,50 ponto percentual. Já outros dois integrantes do colegiado preferiram manter os juros. No Brasil, a expectativa é que o Comitê de Política Monetária (Copom) mantenha a taxa básica de juros (Selic) inalterada em 15% ao ano mais uma vez. Em falas recentes, o presidente da instituição, Gabriel Galípolo, já indicou que os juros devem permanecer elevados, reiterando que as decisões do BC são embasadas em fatos e dados. Leonel Mattos, analista de Inteligência de Mercado da StoneX, comenta que o comportamento recente da inflação reforça a ideia de que o BC está cada vez mais confortável com o cenário, especialmente após a divulgação do IPCA de novembro, que subiu 0,18% — abaixo das projeções — e manteve o acumulado em 12 meses dentro do teto da meta, em 4,46%. “Ao retirar itens mais voláteis, como energia e alimentos, o núcleo da inflação continua moderado, e mesmo a alta de serviços foi impactada de forma excepcional pelo salto de quase 12% nas passagens aéreas. Os dados começam a reforçar a percepção de que a inflação brasileira está se estabilizando”, afirma. Bolsas globais Em Wall Street, os mercados americanos fecharam em alta nesta quarta-feira, repercutindo os cortes de juros nos EUA. O Dow Jones subiu 1,05%, aos 48.057,87 pontos, o S&P 500 avançou 0,68%, aos 6.886,80 pontos, e o Nasdaq teve ganhos de 0,33%, aos 23.654,16 pontos. As bolsas europeias fecharam sem direção única, com cautela antes da decisão do Fed. O setor de defesa, que vinha sustentando ganhos recentes, registrou perdas, enquanto Londres destoou com alta apoiada por ações ligadas a commodities. O índice STOXX 600 fechou praticamente estável, aos 577,78 pontos. Entre as principais bolsas da região, o DAX, de Frankfurt, recuou 0,13% e terminou o dia em 24.130,14 pontos. Já o CAC 40, em Paris, caiu 0,37%, para 8.022,69 pontos. No sentido oposto, o FTSE 100, de Londres, avançou 0,14% e encerrou aos 9.655,53 pontos. Na Ásia, as bolsas fecharam com resultados mistos. Na China, os índices caíram pelo segundo dia seguido, pressionados por sinais de deflação, apesar da alta do setor imobiliário liderada pela Vanke. Em Hong Kong, houve recuperação, enquanto outros mercados tiveram variações pequenas. No fechamento: em Xangai, o índice SSEC caiu 0,23%, para 3.900 pontos, e o CSI300 recuou 0,14%, a 4.591 pontos. Em Hong Kong, o Hang Seng subiu 0,42%, para 25.540 pontos. Já o Nikkei, em Tóquio, caiu 0,10%, para 50.602 pontos. Em outros mercados: Kospi -0,21%, Taiex +0,77%, Straits Times -0,03%. Dólar freepik *Com informações da agência de notícias Reuters

FONTE: https://g1.globo.com/economia/noticia/2025/12/11/dolar-ibovespa.ghtml


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