Inteligência artificial, política, Trump e mais: veja temas que podem cair na Unesp 2026

  • 23/10/2025
(Foto: Reprodução)
Professor de atualidades do colégio Oficina do Estudante, Luís Felipe Valle, fala sobre o que pode cair na prova da Unesp 2026 Arquivo pessoal/ g1/ Anova Mineração RCO Mineração/Getty Images via BBC/TV Globo e Adobe Stock Os temas mais relevantes da atualidade, especialmente aqueles que envolvam conflitos de ordem política e social, devem estar na mira dos vestibulandos que se preparam para a Vunesp 2026, a principal forma de acesso à Universidade Estadual Paulista (Unesp). A pedido do g1, o professor de atualidades do colégio Oficina do Estudante, Luís Felipe Valle, aponta 5 assuntos com potencial de serem objetos de questões especialmente nas disciplinas de humanidades. Ele alerta para a necessidade de uma “leitura crítico-reflexiva e a interpretação de textos considerando o contexto dos acontecimentos”. É importante que o estudante esteja atualizado e não poupe recursos, seja com livros ou salas de aula, TV e internet. 💻 O g1 São Carlos e Araraquara realiza o projeto "Vestibulou", que busca levar informação de qualidade e dicas para estudantes que prestarão as principais provas do país. Professor dá dicas para tirar a nota máxima e lista 5 possíveis temas da redação: Redação da Unesp: professor dá dicas para tirar a nota máxima e lista 5 possíveis temas Leia também: REDAÇÃO UNESP 2026: professor dá dicas para tirar a nota máxima e lista 5 possíveis temas; confira DICAS: Prática, correção e estratégia: veja como usar simulados para se preparar para vestibulares VESTIBULAR 2026: Sono, calma e hobbies: saiba como diminuir estresse e ansiedade antes dos vestibulares 1. 80 anos de Hiroshima e Nagasaki Hiroshima após o bombardeio atômico: a cidade foi quase completamente destruída. DPA/picture alliance via DW O marco dos 80 anos das bombas atômicas lançadas sobre Hiroshima e Nagasaki (completados em agosto de 2025) é um ponto de inflexão na reconfiguração da ordem mundial. O Japão, após a devastação, passou pelo “milagre econômico” das décadas de 1950 a 1970 com forte apoio dos Estados Unidos. LEIA TAMBÉM: 80 anos da bomba de Hiroshima: sobreviventes ainda são vítimas de discriminação Entretanto, esse modelo de industrialização intensiva trouxe contradições profundas. A combinação entre altíssimo endividamento público e envelhecimento populacional revela hoje a exaustão de um sistema que já não garante dinamismo nem bem-estar social, tendo que enfrentar sérios problemas ligados à saúde mental dos jovens e a solidão dos idosos. No plano global, o caso japonês expõe a fragilidade de modelos de desenvolvimento dependentes de ciclos industriais e financeiros. Um alerta sobre os riscos de um crescimento que sacrifica gerações futuras em nome da acumulação de capital, revelando as tensões históricas entre desenvolvimento econômico, soberania política e justiça social. 2. Terras raras e minerais críticos No século 21, os minerais críticos e terras raras se tornaram ativos estratégicos na geopolítica global, pois constituem a base da Indústria 4.0, das tecnologias verdes e da Inteligência Artificial. As terras raras correspondem a um grupo de 17 elementos químicos, entre eles o neodímio, lantânio, cério, térbio e disprósio, amplamente utilizados na fabricação de ímãs permanentes para turbinas eólicas, em catalisadores automotivos, em telas de smartphones e televisores, além de equipamentos militares de alta precisão. Já os chamados minerais críticos, que incluem o lítio, o cobalto, o nióbio e o grafite, têm papel estratégico no desenvolvimento de baterias de carros elétricos, painéis solares, chips e supercondutores. Amostras de argila e solo com terras raras retiradas em Minas Anova Mineração RCO Mineração LEIA TAMBÉM: Terras raras: o que são, onde estão e por que os EUA se importam com elas A China, líder absoluta na exploração e processamento desses minerais, carrega contradições ambientais já que a extração e o refino desses elementos envolvem degradação de solos, emissão de resíduos tóxicos e poluição de rios, reforçando o dilema entre inovação tecnológica e sustentabilidade. No cenário global, o Brasil ocupa papel de destaque como segundo maior país em reservas de terras raras, atrás apenas da China. Apesar desse potencial, ainda não possui infraestrutura consolidada para transformar as reservas em protagonismo econômico. Tal realidade recoloca o país diante de um dilema histórico: ou permanece exportador de matérias-primas, reforçando a lógica centro-periferia, ou busca agregar valor por meio de investimentos em pesquisa, tecnologia e industrialização, reposicionando-se estrategicamente na corrida global por minerais críticos. Unesp de São João da Boa Vista (SP) Divulgação 3. A volta da política do Big Stick no segundo mandato de Trump O retorno de Donald Trump à Casa Branca, com sua retórica agressiva e isolacionista, revive práticas históricas da diplomacia estadunidense, como o Big Stick, a Doutrina Monroe e o Destino Manifesto. Essas concepções justificaram a dominação política, econômica e militar dos EUA sobre a América Latina e outras regiões estratégicas ao longo do século 20. No presente, esse discurso ganha contornos populistas, baseando-se em ameaças, chantagens econômicas e imposição de sanções, numa tentativa de reafirmar uma supremacia que se vê cada vez mais contestada. Donald Trump tem o poder de aprovar uma ampla gama de operações clandestinas que sua administração considera que favorecem a segurança nacional. Getty Images via BBC LEIA TAMBÉM: tudo sobre o presidente dos EUA, Donald Trump O uso de intimidação, hoje encontra limites diante da ascensão chinesa e da reconfiguração multipolar do sistema internacional. A insistência no Big Stick denuncia não a força, mas a fragilidade do império estadunidense, que tenta projetar poder num contexto em que seu protagonismo econômico e tecnológico já não é absoluto. A reprodução desse imperialismo que fragiliza o multilateralismo global também carrega implicações para a América Latina, novamente posicionada como espaço de disputa geopolítica e de apropriação de recursos estratégicos. Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unesp de Araraquara Unesp/Divulgação 4. Popularização da Inteligência Artificial A difusão da Inteligência Artificial (IA) redefine relações de trabalho, de produção e de sociabilidade, consolidando as big techs como atores hegemônicos de uma nova ordem econômica. A substituição da força de trabalho humana por algoritmos e sistemas de automação aprofunda o desemprego estrutural e a precarização do trabalho (uberização), sobretudo em países que já enfrentam desindustrialização, como EUA e diversas nações europeias. O que se observa é a transição de um capitalismo industrial para formas de tecnofeudalismo, em que poucos conglomerados controlam dados, plataformas e fluxos informacionais. Por que uma Inteligência Artificial não pode ser seu psicanalista e, talvez, nem mesmo um bom ouvinte? Adobe Stock LEIA TAMBÉM: Por que cada vez mais analistas falam em 'bolha' da inteligência artificial prestes a estourar No plano histórico, a IA materializa uma tendência que remonta à Revolução Industrial: a inovação tecnológica como motor da acumulação capitalista, mas também como vetor de exclusão social. A ascensão da IA aprofunda a alienação do trabalho, agora mediada por algoritmos que determinam desde o ritmo da produção até o consumo cultural. O poder concentrado nas big techs questiona a própria ideia de democracia, pois plataformas digitais assumem funções que extrapolam a lógica mercantil, influenciando processos políticos, práticas educativas e até identidades coletivas. Assim, a popularização da IA evidencia tanto o potencial de inovação quanto o risco de aprofundar desigualdades históricas. Por outro lado, há uma dimensão frequentemente silenciada: os custos ambientais do funcionamento da IA. O processamento de dados em larga escala exige imensas quantidades de energia elétrica e água, especialmente nos data centers, gerando impactos significativos para ecossistemas locais e para a matriz energética global. A busca pela “inteligência” artificial, paradoxalmente, revela-se dependente de uma exploração intensiva de recursos naturais, ampliando a insustentabilidade ambiental de um modelo que se apresenta como futuro da humanidade. 5. Crise institucional entre os três Poderes no Brasil A recente crise institucional brasileira evidencia como a polarização político-partidária, o avanço das fake news e o discurso de ódio fragilizam os pilares da democracia. A independência entre Executivo, Legislativo e Judiciário, essencial ao equilíbrio republicano, tem sido constantemente corroída por disputas de poder, negociatas e pressões midiáticas. O resultado é o enfraquecimento da confiança popular nas instituições, o que abre espaço para soluções autoritárias e antidemocráticas. No plano histórico, a instabilidade institucional brasileira dialoga com uma tradição de fragilidade democrática que atravessa o século 20, marcada por golpes, ditaduras e pactos de conciliação que raramente colocaram os interesses populares no centro. Congresso Nacional Jornal Nacional/ Reprodução LEIA TAMBÉM: 'Sistema de governo está disfuncional', alerta cientista político que criou conceito sobre poder no Brasil A novidade do presente está na força da desinformação digital, que acelera a superficialização do debate político e intensifica a polarização social, expondo como o neoliberalismo, ao corroer vínculos coletivos, gera também esgotamento psicológico e desilusão em relação ao futuro. Geopoliticamente, a tensão entre os três Poderes espelha a crise estrutural do próprio neoliberalismo, que ao privilegiar a lógica do mercado enfraquece os mecanismos de representação popular e coloca em xeque a legitimidade do Estado como mediador dos interesses coletivos. REVEJA VÍDEOS DA EPTV CENTRAL: Veja mais notícias da região no g1 São Carlos e Araraquara

FONTE: https://g1.globo.com/sp/sao-carlos-regiao/educacao/noticia/2025/10/23/inteligencia-artificial-politica-trump-e-mais-veja-temas-que-podem-cair-na-unesp-2026.ghtml


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