Mãe e técnica em enfermagem: saiba quem era a jovem morta a tiros em condomínio de Goiânia
23/10/2025
(Foto: Reprodução) Bárbara e o ex-companheiro estavam separados havia cerca de um ano, segundo uma amiga.
Reprodução/ Instagram de Bárbara Alvim e Divulgação/ Polícia Civil de Goiás
Trabalhadora, mãe, cristã e que vivia uma fase de conquistas no último ano. Assim era Bárbara Alvim Silva, morta pelo ex-companheiro no condomínio em que morava em Goiânia, segundo a Polícia Civil. A descrição é da amiga Jevylla Fernanda, pastora que a acompanhou durante seis anos.
A jovem de 28 anos foi assassinada no último sábado (18), no Jardim Cerrado 6. No mesmo dia, Luiz Gustavo Rodrigues Rocha, com quem ela teve um relacionamento, foi preso e confessou o crime.
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Em entrevista ao g1, Jevylla falou que o casal havia se separado havia cerca de um ano. Bárbara estava trabalhando em dois lugares e, nesse período, conquistou uma casa. A técnica em enfermagem estava cursando a faculdade de fisioterapia e também já estava atuando, aos poucos, na nova profissão, segundo Jevylla.
"Ela era uma mulher trabalhadora, tinha dois empregos. Trabalhava em uma academia. Ela fez enfermagem, estava trabalhando na área. Depois ela começou a fazer fisioterapia e já estava exercendo um pouco", disse a amiga.
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Segundo a amiga, Bárbara morava sozinha com o caçula, de 6 anos, filho do suspeito. Bárbara também tinha um filho de 11 anos, que mora com os avós paternos.
"Ela era uma boa menina, uma índole boa. Estava sempre indo do serviço para casa e para a igreja", descreveu Jevylla.
Em seu perfil no Instagram, Bárbara demonstrava a sua fé. Dizia ser cristã e se definia como "escolhida por Deus".
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Ex-marido preso
O Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) informou ao g1 que Luiz Gustavo continua preso até esta quarta-feira (22). Ele havia sido detido em flagrante, por feminicídio e porte ilegal de arma, no sábado (18), dia do assassinato. No domingo, a Justiça converteu a prisão em flagrante para preventiva, por considerar haver risco à ordem pública e de reincidência criminosa por parte do autor caso ele fosse liberado.
Para o juiz Joviano Carneiro Neto, que manteve a prisão do suspeito, Luiz Gustavo demonstrou "total desprezo pelas determinações judiciais e pelas normas de proteção à integridade física e à vida da ofendida" ao ir ao encontro de Bárbara mesmo ela tendo uma medida protetiva em vigor contra ele.
Em um vídeo divulgado pela polícia, Luiz Gustavo confessou o crime. Ele contou que foi ao condomínio tentar conversar com Bárbara, que se recusou. "Aí, depois, eu saí do condomínio. Aí eu não sei o que deu em mim que eu voltei para dentro do condomínio. Quando eu vi, eu já tinha feito. Já apertei (o gatilho) e virei as costas", disse.
A Defensoria Pública de Goiás afirmou, por meio de nota, que representou o suspeito durante a audiência de custódia, realizada no domingo (19), dia seguinte ao do crime, e que não comentará o caso.
Histórico agressivo
Jevylla Fernanda disse que Luiz Gustavo já havia agredido Bárbara e, por isso, ela tinha conseguido a medida protetiva. Ela conta que ajudou a amiga a fazer a mudança quando ela saiu da casa onde morava com o então companheiro. Depois da separação, Luiz Gustavo continuou procurando a ex porque não aceitava o fim do relacionamento.
"Ele queria muito voltar com ela. Em princípio, quando eles se separaram, ela até pensou. Ela falava para mim que se um dia ele voltasse a trabalhar, virasse um homem bom, ela talvez voltaria. Mas ele, parece, não queria seguir esse caminho. Aí, ela se afastou de vez dele", disse a amiga.
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