Policial penal foi assassinado com mais de 9 tiros por causa de som alto de vizinhos no ES
03/09/2025
(Foto: Reprodução) Vídeo mostra momento em que policial penal é morto em Viana
A morte do policial penal Alvino Correa Neto, de 45 anos, em Viana, Região Metropolitana de Vitória, foi motivada por uma briga por conta do som alto de vizinhos. A conclusão das investigações foi divulgada pela Polícia Civil nesta quarta-feira (9). Um vídeo (assista acima) mostra o momento em que Gilvano de Jesus Conceição, conhecido como Marcelo do Frete, dá pelo menos nove tiros na vítima.
O crime aconteceu no dia 8 de agosto, no bairro Campo Verde, em Viana. Gilvano foi preso três dias depois do assassinato, após fugir para Sooretama, cidade da Região Norte do Espírito Santo, a quase 150 km de distância.
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Segundo a polícia, Gilvano tinha uma desavença antiga com um casal de vizinhos por conta de um aparelho de som alto.
“Ele tinha uma desavença com o vizinho de muro. Havia vários acionamentos, de silêncio, solicitações de intervenções policiais. E, para retalhar esse som alto, Gilvano comprou uma caixa de som com amplificador. Então, ficava ali uma rixa.Um ligava o som de um lado, o outro ligava o som do outro”, explicou a delegada chefe da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Viana, Suzana Garcia.
Caixa de som usada por Gilvano que causou confusão em Viana, no Espírito Santo
Divulgação/ Polícia Civil
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O policial penal também morava nessa mesma rua e servia de apaziguador dessa desavença, de acordo com as investigações.
"Eram vários vizinhos. Na verdade, a conduta do Gilvano incomodava a vizinhança inteira, porque ele ligava o som mais alto, e aí ficava uma disputa de som entre o vizinho do lado e o Gilvano", completou a delegada.
Crime premeditado
Gilvano de Jesus Conceição, de 39 anos, se entregou na polícia e confessou ter matado policial penal Alvino Corrêa Neto, de 45 anos
Divulgação/Polícia Penal
Para a polícia, Gilvano planejou o crime. "Uma semana antes de Gilvano praticar os crimes, ele teve uma desavença ainda maior com esse vizinho dele. E ele decidiu abandonar a casa que morava desde 2008, uma casa própria, e decidiu se mudar para o município de Sooretama, no dia 3 de agosto", disse a delegada Suzana Garcia.
Cinco dias depois, no dia 8 de agosto, ele voltou para Viana para assassinar o policial. "A esposa deixou ele de carro nas proximidades da casa. Ele pediu que não o deixasse em casa, porque falou que queria ir a pé, porque gosta de andar".
Às 23h, ele chegou até a casa do policial penal, chamou por ele. Em seguida, efetuou vários disparos. Alguns, inclusive, no rosto da vítima.
Alvino foi surpreendido de uma forma muito covarde. Alvino estava enrolado na toalha e de chinelo. Ele jamais esperava que o vizinho fosse atentar contra a vida dele em razão de um motivo tão fútil"
Casal da briga também foi vítima
Além de matar o policial penal, Gilvano ainda tentou matar o casal de vizinhos envolvido na briga pelo som alto.
Duas horas depois, ele pulou o muro da casa dos vizinhos, arrombou a porta do quarto onde eles dormiam e atirou contra o casal.
"Ele arromba, ele chuta a porta. Atira muitas vezes, pelo menos cinco. Não consegue porque a vítima do sexo masculino ela reage e empurra a porta de volta", explicou a delegada.
Sem sucesso na tentativa de homicídio, o homem fugiu para Sooretama.
Carro foi usado na fuga de suspeito de matar o policial penal em Sooretama no Norte do Espírito Santo
Divulgação/ Polícia Civil
Prisão três dias depois
Na manhã após o crime, a polícia identificou o suspeito e o veículo usado para a fuga. O carro foi encontrado em um acampamento na zona rural de Sooretama, mas Gilvano fugiu para uma região de mata e só depois se apresentou na delegacia.
Ele continua preso e vai ser indiciado por um homicídio consumado e duas tentativas de homicídio.
Vítima era policial penal há 15 anos
Alvino Correa Neto trabalhava na Polícia Penal há 15 anos e atuava na Divisão Especializada de Escolta e Recaptura de Presos. Ele morava sozinho e deixou uma namorada grávida de um menino.
Alvino Corrêa Neto, de 45 anos, foi morto a tiros na garagem da própria casa em Viana, Espírito Santo
Reprodução/Redes sociais
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